Em 2020, taxa de juro ponderada da nova dívida, baixou para um mínimo histórico de 0,5%. Em 2021, começou a subir. Em janeiro de 2022, chegou a 1,1% empurrada pelo BCE.
O IGCP calcula essa taxa média global ponderada como sendo"o custo da nova dívida emitida no ano", ou seja,"o custo médio dos instrumentos bilhetes do tesouro , obrigações do tesouro , obrigações do tesouro de rendimento variável e notas de médio prazo emitidos no ano correspondente, ponderado pelo montante e maturidade".
Como referido, em dezembro, Christine Lagarde, a presidente do BCE, anunciou a descontinuação do programa de compras de emergência pandémica para o final deste mês . Era a bazuca especial contra os efeitos destrutivos da pandemia. Em todo o caso, o PEPP era tão grande que o anúncio de que vai terminar acabou por ter o efeito que se viu. As taxas de juro de todos os países do euro, subiram em todas as maturidades.Há países pouco endividados para os quais este movimento não é propriamente dramático, dá para acomodar. Mas há outros, muito endividados, como Portugal, Grécia e Itália que, a prazo, podem ficar numa situação de aperto.
Num primeiro momento, o terror e o receio em relação à guerra ainda fez baixar as taxas de juro da dívida e o IGCP aproveitou para emitir dívida a preços vantajoso., o BCE declarou que"a invasão da Ucrânia pela Rússia representa um ponto de viragem para a Europa". O mesmo se pode dizer dos juros.